Campinas (SP) teve a menor temperatura máxima no mês de agosto em 29 anos, de acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp (Cepagri). O índice de 24,9 graus foi a média registrada de todos os dias do mês e é o mais baixo desde o início da medição, em 1989.
Os dados do Cepagri ainda apontaram que o município registrou o maior volume de chuvas em agosto, também desde 1989, com 83,8 milímetros. De acordo com o centro, o número é quase quatro vezes maior do que a média do mês, de 22,9 milímetros. Neste ano, a cidade não registrava tanta precipitação desde abril.
A meteorologista do Cepagri Ana Ávila afirmou que o aumento de chuvas está diretamente relacionado às temperaturas mais baixas. Durante o mês, pelo menos cinco frente frias foram registradas em Campinas.
"As chuvas trouxeram uma massa de ar frio que levaram as temperaturas para baixo, por isso tivemos dias mais frios e esse média máxima mais baixas", afirmou.
Preocupação com as chuvas
Apesar de as precipitações do mês de agosto em Campinas terem superado a média do mês e alcançado o maior índice desde 1989, a meteorologista do Cepagri afirmou que o baixo volume de chuvas em 2018 ainda é preocupante.
De acordo com Ana, as chuvas em Campinas atingiram apenas 60% do esperado para o ano, o que liga o alerta para o risco de estiagem.
"O volume de chuvas só não é pior que em 2014, quando tivemos aquela seca histórica. O total esperando contra o total registrado ainda está muito abaixo, então isso é muito importante e muito preocupante também", explicou.
Fonte: G1 Campinas e Região