O número de queimadas registradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) subiu 118,8% em Piracicaba (SP) de janeiro deste ano até esta quinta-feira (28) na comparação com o mesmo período do ano passado. A falta de chuva, a baixa umidade relativa do ar e as altas temperaturas são causas do índice de focos, explica a meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, Ana Ávila.
Segundo o sistema de monitoramento por satélite do Inpe, até esta quinta foram 151 focos na cidade. Já no ano passado, o número registrado foi de 69 queimadas. Os meses com maior registro em 2018 foram maio, com 36 casos, e junho, com 26.
No dia 18 deste mês, uma queimada atingiu 108 hectares de canavial em uma usina de cana-de-açúcar na cidade. Segundo a Raízen, responsável pela propriedade, as causas do incêndio são incertas e os brigadistas combateram o fogo desde o início. A Polícia Ambiental multou a usina em R$ 108,8 mil.
"A gente vem de um período muito seco, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Esses três fatores são os grandes responsáveis pelo alto índice de focos de fogo", explica a meteorologista.
Segundo Ana, a grande incidência de queimadas prejudica a saúde. "A gente tem uma quantidade maior de partículas em suspensão, o que aumenta o risco sobretudo às pessoas que são mais sensíveis, como crianças e idosos".
Fonte: Jornal da EPTV 2ª Edição