Por JTVONLINE
Quinta-feira, 01 de março de 2018

A Defesa Civil de Valinhos está bem equipada nesta Operação Verão 2017/2018, prevista para encerrar no dia 31 de março. Até julho, a cidade contará com o radar SOS Chuva, da Unicamp, no monitoramento de situações climáticas. Além do radar, a órgão conta com auxílio de vários equipamentos e ações, como pluviômetros manual e digital e monitoramento de áreas de riscos. Até o momento, não houve registro de ocorrências graves.

A operação começou no dia 1º de dezembro. Segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa Civil, Israel Andreoli, a cidade está bem equipada e pessoal treinado. “Fazemos o monitoramento das áreas de riscos e monitoramento dos radares disponíveis no sistema, além de contar com o S.O.S Chuva, instalado na Unicamp, até julho deste ano”, explicou.

Conforme ele ainda, o órgão faz previsão matutina e vespertina, conta com pluviômetros manual e digital e troca de mensagem em tempo real (MSN). “Contamos também com informações do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorologias), do IPMET (Instituto de Previsões Meteorológicas) e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)”, completou.

Controle – A Operação Verão, desencadeada em função do período tipicamente chuvoso, é considerada na cidade sob controle, sem grandes ocorrências e sem vítimas. “Ocorreram alguns pontos de alagamento, quedas de muros, vielas, supressão ou quedas de arvores, mas tudo sob controle”, garante o diretor.

Entre os locais atingidos durante o período estão o Jardim América, São Cristóvão, Jardim Paraná, Parque Portugal, Bom retiro, Av.: Invernada, Vila Santana, Condomínio Chácara Flora e Residencial Jequitibás. “Não há vítimas, não houve desalojados nem desabrigados até o momento”, completou. A Defesa Civil tem feito campanha educativa, entrega de folhetos, além de divulgação pela imprensa.

Radar – O sistema denominado SOS Chuva (Sistema de Observação e Previsão de Tempo Severo) inclui um radar alemão de dupla polarização, para desenvolver pesquisa em previsão imediata de tempestades e o desenvolvimento de um sistema de informações geográficas que integra os dados medidos em superfície, dados de satélites e previsões de tempo em curto prazo.

O radar é uma ferramenta que disponibiliza informações com antecedência de até 24 horas; em alguns casos até seis horas. Segundo a Defesa Civil, a ferramenta serve na prevenção a adventos climáticos, chuvas, tempestades, granizo, raios, fortes ventos e outros, garantindo informações mais precisas e em tempo real.

Segundo a pesquisadora e meteorologista do Cepagri – Unicamp, Ana Ávila, o radar é de última geração e tem a característica de “enxergar” o interior das nuvens, os movimentos, o que está se formando. Além do benefício direto à população, a importância do radar na área de hidrologia urbana, por exemplo, é trazer a possibilidade de estimar riscos de alagamento em algumas horas.

Está instalado numa base construída em frente ao Museu Exploratório de Ciências, região mais alta da Unicamp, por um período de dois anos, que é o prazo estipulado para a “prova de conceito” do projeto temático conhecido como CHUVA (Previsão Imediata de Tempestades Intensas e Entendimento dos Processos Físicos no Interior das Nuvens. O prazo se encerra em julho deste ano.

O projeto é do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), envolvendo o Cepagri Unicamp e a Universidade de São Paulo (USP). Custou R$ 3,5 milhões em financiamento pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Em caso de algum tipo de ocorrência, ligue para 199.

Fonte: JTVONLINE