Área das bacias PCJ tem chuva abaixo do esperado desde 2012 e consórcio defende
Chuva
Área das bacias PCJ tem chuva abaixo do esperado desde 2012 e consórcio defende
Volume de precipitação foi inferior a 1,5 mil mm nos últimos seis anos. Cepagri indica que quantidade de água até dezembro deve ser inferior à média histórica.

A área das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) registra desde 2012 quantidade de chuva inferior à média histórica de 1,5 mil milímetros, o que eleva a preocupação de especialistas com o abastecimento de Campinas (SP) e região durante o período de estiagem. Além disso, o verão deste ano terminou com índice abaixo do esperado, marcado por precipitações localizadas, o que reforça o indicativo de que o total até dezembro não deve ultrapassar o nível de referência.

"Se a gente tiver chuva num dia só, a gente não consegue recarregar o lençol e fazer com que o rio, durante o período de estiagem, possa usar aquela água que vem do subsolo para deixar ele carregado. Se não tem água no subsolo, não carrega o rio e daí a vazão começa a diminuir e é por isso que a gente tem problemas. Então não adianta chover num dia só, e é isso que a gente tem visto", explica a gerente técnica do Consórcio PCJ, Andréa Borges.

Precipitações
• 2012 - 1.460 mm
• 2013 - 1.110 mm
• 2014 - 874 mm
• 2015 - 1.283 mm
• 2016 - 1.468 mm
• 2017 - 1.306 mm

A meteorologista Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri), ressalta que o volume de precipitação segue abaixo do esperado desde a seca de 2014. "Desde 1979 para cá nós fazemos uma soma anual do volume de chuvas e isso nos dá a média pelos anos que a gente tem de observação. Não temos superado esse valor considerado médio, que é a referência do total anual de chuvas [...] Podemos dizer que poderemos ter volume menor neste ano", ressalta.

Nova cultura

A gerente técnica do Consórcio PCJ ressalta a necessidade de uma nova cultura para uso da água. "A gente tem que economizar durante período de chuva, para que no período de escassez a gente tenha essa água. Isso todos os anos, independentemente se está chovendo batante ou não."

O produtor rural Gustavo Túlio Fernandes explica que, mesmo em período de seca, ele consegue guardar água no sítio dele. "Quando chove, a água desce morro abaixo. Antes ela descia, não parava em nenhum ponto, ia pro rio que acaba no mar. Hoje ela desce, é estocada nos pontos de infiltração do sítio, açudes, curvas de nível e ela vai entrando no subsolo lentamente, esse é o nosso estoque. A gente depende da água da chuva, mas como está cada vez menor, e quando cai é muito forte, rápido, não podemos perder esse recurso que é tão importante e rico."

Fonte: Jornal da EPTV 2ª Edição

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