Julho de 2017 é o que registrou o maior período de dias em estado de atenção [umidade relativa do ar abaixo de 30%] desde 2002, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri).
De acordo com a pesquisadora Ana Ávila, foram 24 dias com a umidade relativa do ar em atenção, e quatro dias em estado de alerta, ou seja, com níveis abaixo dos 20%.
Algo semelhante havia sido registrado em julho de 2002, quando foram 25 dias em atenção, informou a pesquisadora ao G1. A estiagem na região completou 47 dias, segundo o Cepagri.
E julho de 2017 também é o mais seco desde 2008. O mês fechou sem uma gota d´água, de acordo com registros do centro, localizado no campus da Unicamp em Campinas.
Em 2016, foram registrados 2,03 milímetros de chuva no mês, o mais seco então desde 2008.
O mês de agosto começa com previsão de possibilidade de chuva fraca na quinta-feira (3). “São chances de chuvas fracas e isoladas por causa de uma frente fria”, explica a pesquisadora.
Para esta terça-feira (1º) a temperatura mínimia será de 12ºC, segundo o Cepagri. Há previsão ainda de nevoeiros em áreas de baixada e lagos.
Cantareira
O Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo e o interior do estado, registrou no mês de julho a maior queda desde a crise hídrica iniciada em 2013 e terminada em março de 2016. De acordo com dados da Sabesp, o nível das represas caiu 4,1 pontos percentuais, de 66,9% para 62,8% da capacidade, mais do que os 2,4 pontos percentuais de queda registrados em setembro de 2016.
Fonte: G1 Campinas e Região