Apesar de chuva, Piracicaba não registra volume 'considerável' e mantém estiagem 'recorde' dos últimos 18 anos
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Apesar de chuva, Piracicaba não registra volume 'considerável' e mantém estiagem 'recorde' dos últimos 18 anos
Desde a terça-feira foram registrados 6,2 milímetros de chuva na cidade, que soma 121 dias sem registro de chuva acima de 10 mm.

Desde a terça-feira (31), os moradores de Piracicaba (SP) puderam respirar um pouco de umidade no ar com as chuvas que atingiram a cidade. Mas de acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ainda não foi possível alcançar o volume de chuva “considerável”, o que “quebraria” a estiagem histórica da cidade nos últimos 18 anos.

Segundo medição do Inmet, desde a terça-feira foram registrados 6,2 milímetros de chuva na cidade. O volume que os meteorologistas avaliam como considerável é acima de 10 milímetros. Dados do Departamento de Engenharia e Biossistemas (LEB) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) mostram que o último registro de chuva considerável em Piracicaba foi feito em 3 de abril deste ano, com precipitação de 15 milímetros.

Com isso, a cidade soma 121 dias sem registro deste volume de precipitação. “[Essa chuva] Dá uma refrescada no ar, molha a terra, ameniza um pouco, mas não resolve. Está muito abaixo do esperado”, explica a meteorologista do Inmet, Neide Oliveira.

Ela afirma que o ideal seria chover essa quantidade de chuvas regularmente, de preferência toda semana, para que causasse uma melhora no ar e nas condições do clima na região. “Uma chuva muito volumosa também poderia causar impactos com as condições atuais.”

Segundo Neide, um bloqueio tem causado a estiagem na região, o que não permite que as chuvas cheguem à região, que são desviadas para o oceano - a primeira "quebra" nesse bloqueio foi a desta terça-feira.

A falta de chuvas no período não é exatamente incomum, de acordo com o Inmet, já que essa oscilação de anos com precipitação normal e outros com estiagem é normal, mas o que tem acontecido é uma oscilação mais frequente e variável de ano a ano, principalmente nas temperaturas.

“O normal é ter um tempo mais seco e mais frio no inverno, e umidade e calor no verão. Mas ultimamente tem variado muito num curto período. Faz calor no inverno e frio no verão, oscilando muito a temperatura.”

“Essa mudança no clima tem acontecido no mundo todo. A gente não sabe ainda o que está causando, só o que está acontecendo.”

Apesar da pouca precipitação, o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) tem previsão de chuvas para toda a região de Campinas (SP) nos próximos dias. "Ainda há expectativa de chuvas até o fim da semana, teremos novas áreas de instabilidade que devem atuar, então a partir de quinta, sexta, sábado principalmente, ainda tem essa expectativa", explica Ana Ávila, meteorologista do órgão.


Rio Piracicaba
Mesmo com a chuva nos últimos dias, o nível do Rio Piracicaba se manteve estável. Segundo dados da Rede Telemétrica do Sistema de Alertas a Inundações de São Paulo (Saisp), a altura da água no manancial subiu 17 centímetros entre 0h de terça-feira (31) e 10h desta quinta-feira (2), passando de 99 cm para 1,16 metros. O nível está 23 cm abaixo do que costuma atingir em meses de agosto, conforme os registros da rede telemétrica.

Consequências da estiagem
Na região de Piracicaba, duas cidades já enfrentam as consequências da falta de chuvas de forma mais drástica. Em Rio das Pedras (SP), desde segunda-feira (30) a cidade faz racionamento de água por causa da baixa das represas. É a segunda vez em três anos que o município toma este tipo de medida por causa da estiagem.

Iracemápolis também registra volumes críticos nas represas que abastecem a cidade e toma algumas medidas, como a captação na represa considerada 'plano B' no abastecimento municipal, para evitar o racionamento.

Fonte: G1 Piracicaba e Região

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